Gordorexia ou Fatorexia

Pasmem! isso existe mesmo, embora ainda seja um assunto recente e pouco comentado pela classe médica. E tomou repercussão por causa da  inglesa Sara Bird, que há cinco anos, levou um susto ao ser diagnosticada como obesa, depois de anos sem subir em uma balança, descobriu  em uma consulta de rotina que estava pesando quase 30 quilos a mais do que imaginava. “Quando olhava o espelho, via uma pessoa confiante, magra, quando na verdade eu estava obesa”, diz Sara. Ela normalmente só se olhava em espelhos pequenos, onde via apenas o rosto. Sua experiência resultou no livro Fatorexia: What Do You See When You Look In The Mirror? (Fatorexia: o que você vê quando olha no espelho?).

Este distúrbio alimentar  ocorre o inverso da Anorexia, é a distorção própria da imagem perante a realidade, em outras palavras, é gordo se vendo como magro.

Eu não sei em que estágio eu me encaixava, mas, sinceramente não me via gorda, mesmo a balança apontando os 94 kg. É claro que eu usava de alguns artifícios, como roupas pretas, largas e também evitava de me olhar no espelho, quando me olhava sempre focalizava naquilo que mais me agradava, o mesmo acontecia com as fotos que eu batia, pois evitava ser fotografada. Um fator que contribuiu para que eu não achasse que estava obesa era o fato de não ter desenvolvido nenhuma síndrome metabólica ou doenças do gênero, embora eu tivesse vários desconfortos, mas que “me adaptei”. De certa forma, eu me sentia bem, principalmente ao saber que pessoas magras do meu convívio, estavam tendo problemas como colesterol, e eu não (Racionalização).

Por usar roupas de quando eu estava grávida, não senti muito os reflexos de ir a uma loja e ter que pedir o manequim 50 ou EXG, além do que,  meu guarda-roupa só tinha peças largas ou então o famoso viscolycra, isso quando não visitava o guarda roupa do maridão, que também pesava 94kg, só que distribuídos em 1,84cm.

Por trás da gordura sempre há interesses, dos quais nem entrarei no mérito. Mas, que no meu caso foi uma maneira de chamar a atenção, principalmente pelas coisas das quais não conseguia lidar ou que estava descontente, como não externei em palavras meus verdadeiros sentimentos, fiz por meio de ações, resolvia meu problema com comida, até o dia em que a comida se tornou meu maior problema. Por não ser algo automático, não pensei nas consequências, sendo assim, não dormi magra e acordei gorda, foi um processo, que no meu caso durou + ou – 8 anos, até chegar ao meu extremo, pois antes disso só conhecia o efeito sanfona. Enfim, isto tudo é uma somatização de vários fatores ligados a minha auto-estima(psicológico), como também algumas mudança de hábitos, do qual o resultado todos já sabem.

O dia que me dei conta da minha distorção de imagem, foi quando minha sogra tirou algumas fotos, sem que percebesse, isso ocorreu na praia, no final do ano de 2009/2010, sinceramente não me reconheci e levei um susto. Vi-me com o olhar de outra pessoa, com isso senti uma vergonha absurda, foi deste dia em diante que acordei e tomei a decisão de mudar pelo Amor, para não ter que fazer isso pela Dor. Então busquei ajuda no Meta Real, foi a atitude mais sabia que tomei, hoje vejo os resultados.

Em forma de analogia o Meta Real é  como uma semente, que foi plantada na minha cabeça quando iniciei, em cada palestra ela é regada, com isso só depende de mim adubar para que a fertilização aconteça e assim colher os frutos!