Por muito tempo fiquei isolada no meu mundinho, tendo que lidar com a obesidade sozinha, pois não queria compartilhar com as pessoas meus sentimentos, tão pouco pedir ajuda. Com isso, meu recurso mais próximo foi a comida, ela me fazia sentir "prazer" e ao mesmo tempo ajudava a preencher o "vazio". Obviamente seu efeito era momentâneo, pois logo depois vinha a culpa, frustração e os quilos a mais. Custei a sair desse ciclo vicioso, até entender que jamais a comida vai preencher o "vazio do coração", esse se preenche com sentimentos.
Cheguei ao ponto de não querer sair de casa, quando tinha que ir a algum lugar era a guerra com o guarda roupa, com o espelho e com a vida. Sem contar que eu não escolhia a roupa, era ela que me escolhia. Como eu não dormi magra e acordei gorda, foi um grande percurso até chegar a quase 3 dígitos. E cada quilos a mais que eu ia adquirindo, eu inventava um novo meio para disfarçar as gordurinhas, comecei com duas calcinhas para dividir a barriguinha abaixo do umbigo junto com a meia calça, a gordura começou a aumentar aí fui para as bermudas modeladoras, já não era o bastante, parti para os modeladores de corpo inteiro junto com as cintas que apertam até a alma. Conclusão: - o desconforto só aumentava e todos os dias eu falava que ia começar uma dieta, mas sempre adiava para as segundas-feiras, ou seja, + ou - 50 decisões adiadas a cada ano. Enfim, não adianta querer disfarçar, o jeito é tomar a decisão e se comprometer, fica mais fácil se estivermos munidos de recursos, pois nos torna mais persistentes diante das nossas resistências!
Eu sempre me considerei vaidosa, vivia maquiada, fazia máscaras faciais, unhas, cabelo e "bigode" buço, opa, abafa! Conforme minha rotina ia se alterando, sempre deixava algo para trás, a vaidade foi uma delas, assim como a auto-estima, cheguei ao ponto de só destacar meus defeitos e não conseguia ver mais as minhas qualidades, vivia me depreciando perante aos outros. Eu só não afundei de vez, porque Deus enviou uma luz na minha vida, a minha pequena Yane. E esse foi um motivo a mais para que eu tomasse a decisão de emagrecer assim como de ter a coragem de buscar ajuda. No começou fui primeiro na academia, pois meu intuito não era só emagrecer, queria também ver pessoas e fazer amigos, já que me sentia muito sozinha. Com o passar de 2 meses e muito sacrifício "perdi" 3 kilos (que logo encontrei), também não consegui fazer nenhum amigo, sem contar que me sentia um peixe fora d´ água, pois as pessoas que ali estavam gozavam de boa forma, viviam apressadas demais para ter que suprir minha carência de amigo. Perante as minhas necessidades "físicas" e "psicológicas" a academia não seria a minha solução, por isso desisti.
Foi aí que coloquei na cabeça: - se foi a comida que me levou a obesidade, será ela que me levará a ser magra. Fiz algumas tentativas frustradas com "dietas milagrosas", mas sentia que não era o bastante, de modo que "vazio" sempre batia na porta, me levando a compulsão. Mas nem por isso eu desistia, no meu íntimo eu sabia que teria que buscar outras alternativas para lidar com isso, porém de maneira mais estratégica e estruturada, por isso, busquei o Meta Real, e acreditei na proposta deles e o resultado esta aí pra comprovar. Sem contar que me senti incluída entre pessoas, já que todos ali estavam em busca do mesmo objetivo. Aos poucos fui conhecendo pessoas, compartilhando histórias, fazendo amigos e preenchendo a minha vida e meu coração.
As palestras foram fundamentais, pois a cada informação fui resgatando as coisas boas que havia deixado de lado, como também tendo a oportunidade de conhecer coisas novas. A minha auto-estima foi aumentando em cada quilo eliminado, comecei a externar meus sentimentos em minhas atitudes, voltei a fazer as pazes com o espelho, a querer me vestir melhor, tal como me maquiar, essa por sua vez está me ajudando a demonstrar o quanto minha beleza interior está fortalecida.
Do fundo do coração, espero poder ajudar as pessoas com o meu blog, assim como ele vem me ajudando em cada post publicado.
beijos,
